sábado, 6 de fevereiro de 2016

Carnaval

Volto para a casa próximo a meia noite, vejo o trânsito lento, parado. Depois daquela sexta estressante, a única opção é dormir e repor as energias para o dia de amanha. Os carros não andam, e o que vem na mente? Blitz, acidente, caminhão tombado. Qualquer uma das opções surtiria o mesmo efeito, chegar atrasado e menos tempo para dormir. Ligo o som do carro e escuto um Rock no som máximo, a energia é reposta e assim os níveis de dopamina se estabilizam e volto ao normal. Claro que o efeito não dura pra sempre e a irritação toma conta novamente. Penso numa estrada vazia no campo, parece ser algo bom.

                                       
                                                             Tranquilidade total

Depois de uma hora e meia, quando praticamente acaba o trajeto a resposta inusitada: as quatro pistas fechavam em duas por causa do carnaval. Assim bate o desespero, e indignação. COMO fechar uma das principais ruas da cidade? Estão falando sério mesmo, e não era nem carnaval de rua. Lamentável, no MÍNIMO.

Tendo feito a introdução, pergunto a você, o que acha do carnaval? Um período para extravasar, liberar e jogar tudo por ar, ar, ar ? Aproveitar como um período de férias ou sabático? Estudar? Fazer algum curso para conseguir algum emprego melhor, ou se reposicionar no emprego?? Última opção, viver na frugalidade extrema como os amigos da blogosfera de finanças?



Quando era mais novo, costumava pular carnaval, ir em festas, blocos, etc.. Bom, cerveja de quinta? Ou cerveja premium? Até porque você sabe que o elixir é o segredo para aguentar tanto tempo em tamanha podridão, assim esta se torna uma escolha precisa para mitigar o suor dos outros, fedor de mijo e a típica descarga no ouvido, uma combinação NEM um pouco agradável. É meus amigos leitores, não é uma escolha fácil. As companhias até poderiam ser boas, mas a história se repetia, sempre sem infra-estrutura para o BÁSICO.


                                          No final tudo vira lixo

Você sabe que tudo no Brasil é networking, busca por novos contatos, manutenção de contatos. Assim aqueles que vão lá, podem estar melhor do que você e eu que ficamos em casa. Quebramos mais um mito, ou seja, aquele em que quando passamos o tempo fazendo coisas que parecem ser úteis, como um reposicionamento no mercado ou fazendo um novo curso, ignoramos o precioso fato da rede de contatos, que muitas vezes significa mais que um currículo homérico. A excessão fica por conta dos concursos públicos e estudo que não é a bola da vez neste tópico.

Pois bem, o que me fez desprestigiar esse período de festas? Os preços inflados, filas, tumultos e mais, MUITO mais, como por exemplo um tremendo arrastão, etc. Então, não viajar, fica em casa, etc? Não é bem assim, trato como se fosse um período sabático, praia (tenho a sorte de morar no litoral, e o azar de ser o lugar em que as pessoas procuram), então apenas me desloco para os lugares fora do fluxo, para evitar as inevitáveis filas. SIM, é isso mesmo que você leu, pego as vias que tem menos fluxo, pois as malhas rodoviárias são feitas para cidade de 100 mil habitantes quando se tem mais de 1 milhão. Pra que gastar com isso se o carnaval é mais importante do que tudo, não é mesmo !? Gira a roda da economia (claro)


                                             Só o necessário

Vou para as praias silenciosas, bebo minhas cervejas dentro do isopor junto com amigos, ao som de rock progressivo, bandas como Nektar e Camel, fazem a trilha sonora, e assim o som do mar limpa o tímpano perfurado com tamanha profundeza, tendo em vista que o carnaval não reflete mais o antigo estado de espirito, como na década de 70 em que nem era nascido, mas havia uma identidade, aquelas musicas diferenciadas que representam o carnaval, não o que virou, atualmente.

Não posso recomendar nada a você, por exemplo, se você morar no interior, as opções podem ser diferenciadas e limitadas, então a fórmula do bolo pode não funcionar. Que venha o carnaval,




Um abraço

4 comentários:

  1. Moro de um lado de um hostel. Já fui acordado por um monte de japoneses loucos.
    Agora está tocando samba no talo.

    Se concentrar para estudar? Impossível
    Parar para ver séries, é até possível, fechando todas as janelas e portas, mas teria que aguentar o calor.

    Sair para qualquer lugar? Impossível, as ruas estão fechadas para os blocos.

    Ou seja, sou forçado a ficar no modo zumbi.

    No inferno de janeiro.

    Abraços...

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  2. Caralho, viver nesse país é desesperador. É uma real mais violenta e poderosa que a outra, jogando verdades desoladoras na nossa cara.

    Carvaval é o caralho!

    Abraço.

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  3. Não tem como fugir, sempre alguém vai te arrastar pras filas, tumulto, etc. Ou no pior dos casos, ser atingido indiretamente, como no seu caso Pobre sonhador, assim é terrível, nem a escolha vc teve. O último que sair apague a luz! Abraços!

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  4. Eu fui na rua um dia apenas, por opção minha, com um amigo e uma bolsa térmica com uns latões... e deu. Os outros dias fiquei em casa bebendo e vendo séries, internet. Gostei do prog com cerveja na praia... que luxo!

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